Um dos temas que eu estava em dúvida para a elaboração da monografia do curso de Turismo era exatamente esse: Geoturismo. Vou falar um pouco sobre o que pesquisei sobre o tema para que vcs possam tem uma ideia do que seja isso.
Aproveitando algumas palavras do professor Marcos Antônio em Geologia da UFRN de Natal-RN: A Geodiversidade é uma área que ainda está pouco pesquisada, é necessário que haja mais pesquisa, pois ouvimos muito sobre a biodiversidade e esquecemos da geodiversidade que é tão importante quanto.
Quando somos estudantes, escutamos que quando vamos pesquisar alguma coisa, utilizamos um pouco de romantismo, e que devemos procurar o mais real possível. Porém acredito que um pouco de romantismo é que ajuda ao surgimento de ideias inovadoras.
ATENÇÃO AS CITAÇÕES ESTARÃO EM NEGRITO POR CAUSA DO SISTEMA DE POSTAGEM DO BLOG QUE NÃO RESSALTA-AS.
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Em minha justificativa, constante no projeto de monografia, coloquei o que acredito e que acontece na minha realidade outras fontes de pesquisa (ctrl c - ctrl v dos meus arquivos):
Atualmente (2009), na maioria das cidades no RN a atividade turística está presente, cada uma com seus atrativos potenciais e reais, gerando renda, empregos diretos e indiretos, entre outros. Porém, tal atividade necessita de um planejamento responsável para que não venha a se tornar uma atividade consumidora dos recursos do município.
Não só a atividade turística como qualquer outra atividade, pode gerar impactos desastrosos em uma cidade. De acordo com Zornitta (2005) a idéia de sustentabilidade não se enquadra na evolução da sociedade pós-caverna, que após a Revolução Industrial e agora com a globalização, acelerou a exploração indiscriminada e a depreciação ambiental.
A despreocupação com a diversidade leva os municípios a cometer crimes, como aconteceu em Parelhas, RN, no ano de 2009, com a questão do lixão da cidade, que foi depositado durante 30 anos em uma Área de Preservação Permanente (APP). Os órgãos ambientais multaram a Prefeitura em R$ 50.000,00, o que é pouquíssimo, pois não se pode nem imaginar o tamanho da degradação que essa área foi vítima.
Não tem relação só com a paisagem, tem muito mais que isso, é preciso preocupar-se com os ecossistemas do local, a contaminação do solo, visto que não há seleção deles, o lixo hospitalar também se mistura a terra, ao ar, contaminando rios, lençóis freáticos, entre outros.
A região do Seridó tem potencialidade para desenvolver os seguintes segmentos da atividade turística como: Turismo Rural, Turismo de Eventos (sociais, religiosos, esportivos, entre outros), Turismo Cultural, Turismo Arqueológico, Turismo de Aventura, entre outros tipos de turismo, mas para que essas atividades turísticas se desenvolvam, é preciso haver sustentabilidade, pois com sua ausência, o turismo começa predisposto a terminar.
O turismo, a partir do seu início até meados do século XX, não tinha uma preocupação com os recursos naturais, acarretando na sua degradação. Segundo Ferretti (2002, p. 58) “as atividades turísticas contribuirão para a progressiva destruição dos recursos naturais. Até o momento, o planejamento do turismo pouco tem utilizado do conhecimento ecológico”.
A atividade turística necessita de atrativos para se manter ativa, não se pode destruir seus recursos e esperar que essa atividade gere riqueza para a localidade.
O turista quer ver o que a região tem pra oferecer, um atrativo já é o bioma Caatinga, de uma fauna e flora rica, que esconde belezas e curiosidades, sendo único no mundo, o visitante não se interessa por locais degradados o que favorece para a diminuição da economia como confirma Ferretti (2002, p. 60) ao dizer que “o consumo dos recursos naturais pode limitar o crescimento da economia. Quando esses se encontram degradados, a economia entra em declínio, pois haverá a diminuição do interesse dos turistas”.
Essa afirmativa leva a crer que a conservação dos recursos naturais é relevante para que a atividade turística se desenvolva.
A sustentabilidade proporciona a renovação dos recursos podendo atender a demanda que o turismo produz, minimizando os impactos negativos. Abordar sobre a conservação da bio e geodiversidade para que se desenvolva um turismo sustentável no Seridó, constitui o objeto de investigação desta monografia, devido à vivência de diferentes experiências no espaço social e acadêmico. Podendo ser mencionados três relevâncias que o estudo em questão proporciona.
A conservação da bio e geodiversidade para que se desenvolva um turismo sustentável se faz relevante para o circuito acadêmico por abordar novos conceitos como o Geoturismo, que poder ser desenvolvido em diversas cidades, principalmente, nas cidades que apresentam uma atividade mineradora ou esculturas rochosas, além de tornar possível o levantamento de novos paradigmas sobre a atividade turística e novos segmentos.
A abordagem do referido projeto também é relevante para a sociedade, pois com o estudo e a busca de informações e sugestões de práticas para uma ecologia urbana será possível alcançar medidas que possam minimizar os impactos negativos, podendo inclusive, auxiliar no desenvolvimento de um turismo sustentável no município em questão. Outra relevância é pessoal, por auxiliar um crescimento na área de pesquisa, além de proporcionar experiências e, quem sabe, futuros projetos que visem o desenvolvimento sustentável do município natal do pesquisador.
Pode ser que muitos não concordem comigo, mas isso é Turismo, turismo é diversidade seja de culturas ou de ideias. Colocarem outros tópicos falando um pouco da biodiversidade e geodiversidadee a conservação dos mesmos, além da atividade turística e sua sustentabilidade (ctrl c - ctrl v dos meus arquivos):
5. TURISMO E CONSERVAÇÃO DA BIO E GEODIVERSIDADE
A atividade turística é baseada em recursos de atração para os turistas. Sem esses atrativos a atividade não cresce, pois não se tem o produto a ser oferecido.
Sendo a biodiversidade e a geodiversidade um atrativo potencial, é de suma importância para a atividade turística, no Seridó, pois é parte integrante do bioma Caatinga, que significa “Mata Branca”, pela característica da perda de folhas durante a seca, servindo de estratégia de defesa para que as plantas não percam a água adquirida na estação das chuvas.
Essa característica é única do bioma Caatinga que também é único no mundo, estando presente apenas no Brasil, o que poderia chamar a atenção de turistas interessados em fauna e flora exótica em relação à sua, acarretando a atividade turística.
Porém, o turismo deve ser muito bem planejado, sempre levando em consideração seus recursos. Por isso, a conservação desses atrativos se faz necessária para o desenvolvimento sustentável da atividade turística. Suas definições também são relevantes, para que se entenda o que são e como conservá-los.
5.1 Turismo e desenvolvimento sustentável
Nos dias atuais, o deslocamento de indivíduos e de grupos humanos, por causa da facilidade dos meios de locomoção e da necessidade de negócios, lazer, cultura, etc., tornando-se um produto comercial.
Essa definição distingue quem viaja por prazer de quem o faz por necessidade ou serviço, dependendo mais da manifestação do estado de espírito do que dos recursos.
As viagens constantes de novas pessoas aumentam o consumo e, conseqüentemente, a geração de maiores lucros, que levam ao aumento de riquezas, além da geração de empregos diretos e indiretos.
As grandes cidades tornam-se ambientes receptivos, cada vez mais procurados por um número de pessoas sempre crescente, que se juntam aos tradicionais visitantes. A atividade turística necessita de divulgação, promoção, aplicação de estratégias de comercialização, conservação de seus atrativos, projetos sociais que estimulem a cultura, um dos principais atrativos do RN.
Porém, o desenvolvimento sustentável é essencial para que o turismo se mantenha ativo. Pois, ao longo da sua evolução quase nada se fez para que os recursos utilizados na atividade fossem conservados.
Nos séculos XX e XI, a preocupação com a sustentabilidade da atividade turística aumentou, com a realização de tratados, reuniões, conselhos, entre outros. Onde vários países participam e colaboram com as exigências de cada reunião.
Tais reuniões visão o desenvolvimento sustentável dos recursos, como a redução de emissão de carbono na atmosfera, tema bastante discutido atualmente, podendo ser aplicados no turismo, tornando-o sustentável. Contudo, desenvolvimento sustentável é um conceito de difícil implementação, diante das complexas exigências tanto econômicas quanto ecológicas.
O conceito de desenvolvimento sustentável, também chamado ecodesenvolvimento, proviu se em 1968, na Biosphere Conference, em Paris, e repercutiu no mundo acadêmico e internacionalmente a partir da Conferência de Estocolmo, em 1972.
Segundo o site Ambiente Brasil (2009) diz que Desenvolvimento Sustentável é um:
Modelo de desenvolvimento que leva em consideração, além dos fatores econômicos, aqueles de caráter social e ecológico; parte da constatação de que os recursos naturais têm uma oferta limitada e defende a idéia de uso sem esgotamento nem degradação dos recursos do ambiente; também considera indispensável uma política social compatível, a fim de evitar a degradação humana.
Esse conceito é aplicado na atividade turística, sendo considerado um desenvolvimento sustentável do turismo, pois visa à conservação e/ou preservação de seus recursos para que se desenvolva o turismo. Para que se possa estabelecer um desenvolvimento sustentável é preciso que haja um planejamento sistêmico, sendo necessário um aprofundamento nos estudos, práticas e nos aspectos relacionados com esse desenvolvimento.
5.2 Importância da biodiversidade para o turismo
A importância da biodiversidade iniciou com o surgimento da biotecnologia, que observou que quanto mais diversidade biológica um país tem, mais variados produtos poderiam ser desenvolvidos, principalmente nas áreas farmacêutica. Além disso, de acordo Santos (2009) a biodiversidade é considerada um conjunto de riquezas, sendo um patrimônio natural de uma nação. Sendo a biodiversidade uma riqueza da nação tem-se que promover ações de conservação para esse patrimônio.
Segundo Lévêque (1999) “a biodiversidade está constituída pelo seu material genético e pelos complexos ecológicos dos quais eles fazem parte”.
A biodiversidade é bastante utilizada para o turismo, a maioria de seus recurso vem da natureza. Sua conservação é de suma importância para que inúmeras atividades aconteçam, inclusive, a sustentabilidade humana.
Diversidade biológica é o total de comunidades e ecossistemas e processos de uma região, abrange toda a fauna, a flora, bem como os sistemas a que pertencem, e pode ser classificada em quatro tipos, conforme o site Ambiente Brasil (2009):
• Diversidade genética - A diversidade de genética refere-se à variação dos genes dentro das espécies, cobrindo diferentes populações da mesma espécie e a variação genética dentro de uma população.
• Diversidade de espécies - A diversidade de espécies refere-se à variedade existente dentro de uma região.
• Diversidade de ecossistemas - A diversidade de ecossistemas refere-se aos diferentes ecossistemas que compõem uma região determinada.
• Diversidade de comunidades e processos - A diversidade de comunidades e de processos refere-se aos elementos que compõem cada um dos ecossistemas de uma determinada região.
Atualmente, a biodiversidade apresenta relevância para a atividade agrícola, pois a estabilidade dos ecossistemas regula as populações de pragas. Sendo, inclusive um elemento chave na regulação dos processos biológicos dos sistemas de produção agrícola.
Com o aumento da biodiversidade, as pragas terão mais dificuldade na escolha de plantas hospedeiras. Podendo optar ou não pelas que estão presentes nas plantações destinadas ao comercio agrícola. Proporcionando também, que o agroturismo se desenvolva, apresentando plantações “sadias” e gerando receita para os produtores rurais.
5.3 Importância da geodiversidade para o turismo
A geodiversidade é um tema que está crescendo e sendo discutido atualmente, mas trabalhos abordando o tema não é encontrado com facilidade. Essa diversidade geológica, nada mais é, do que formações rochosas, seus fenômenos e diversidade de tipos de solos e rochas. O que hoje, é considerado um atrativo turístico.
Uma definição bastante utilizada é a de Stanley (2000 apud. NASCIMENTO 2007, p. 8) que expressa que geodiversidade é a “Variedade de ambientes, fenômenos e processos ativos, de caráter geológico, geradores de paisagens/relevo, rochas, minerais, fósseis e solos que constituem a base para a vida na Terra”.
A geodiversidade é tão importante quanto à biodiversidade, pois para que inúmeras diversidades de plantas pudessem se desenvolver foi preciso diversidade de solos, o que é conhecido que algumas plantas só crescem em um determinado tipo de solo.
Com isso, é necessário o seu estudo e sua conservação, para a biodiversidade e para a atividade turística que cresce cada vez mais e apresenta novos segmentos.
5.4 Conservação Ambiental
O conservacionismo já é registrado em meados do século XVI, com o início da destruição da Mata Atlântica Brasileira e da vida silvestre. Sua destruição sobressaltou até a Rainha de Portugal, que em 1797, ordenou ao Governador da Capitania da Paraíba que encarregasse de estagnar a destruição das florestas de sua colônia.
Até a metade do século XX a idéia de conservação ainda estava em estágio inicial, nos últimos 30 anos, essa conscientização se faz bem mais presente. Como afirma Mittermeier et. al. (2005, p.14) “Somente os últimos 30 anos o Brasil experimentou um avanço maior na ação de conservação e no desenvolvimento a capacidade de conservação”.
A definição expressa no site Ambiente Brasil (2009) da algumas definições sobre conservação, mas a que se aplica a Conservação ambiental diz que,
É a ação de reunir atividades de preservação, manutenção, utilização sustentada, restauração e melhoria do meio ambiente, de forma a produzir o maior benefício sustentado para as gerações atuais e, ao mesmo tempo, manter sua potencialidade para satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras e a sobrevivência das espécies vegetais e animais e de seu ambiente natural.
Segundo o site Ambiente Maia Digital (2009) diz que existem 04 (quatro) motivos pra que o homem conserve o meio ambiente:
• Motivos éticos - pois o ser humano tem o dever moral de proteger outras formas de vida, como espécie dominante no Planeta;
• Motivos estéticos - uma vez que as pessoas apreciam a natureza e gostam de ver animais e plantas no seu estado selvagem;
• Motivos econômicos - a diminuição de espécies pode prejudicar atividades já existentes (pesca de uma espécie com elevado valor comercial que está a desaparecer, como o Sável e Lampreia). Pode ainda comprometer a sua utilização futura (ex. para produção de medicamentos). Não podemos esquecer que pelo menos 40% da economia mundial e 80% das necessidades dos povos dependem dos recursos biológicos;
• Motivos funcionais da natureza - dado que a redução da biodiversidade leva a perdas ambientais. Isto acontece porque as espécies estão interligadas por mecanismos naturais com importantes funções (ecossistemas), como a regulação do clima; purificação do ar; proteção dos solos e das bacias hidrográficas contra a erosão; controlo de pragas; etc.
Percebe-se que o homem é o principal culpado pela degradação ambiental e o principal responsável para promover ações de conservação e/ou preservação e minimização dos impactos negativos causados pelas suas atividades.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
AMBIENTE BRASIL. Geodiversidade. Disponível em Acesso em 12-11/2009.
FERRETTI, Eliane Regina. Turismo e meio ambiente. São Paulo:Roca, 2002.
LÉVÊQUE, Christian. A biodiversidade. Bauru:EDUSC, 1999.
MITTERMEIER RUSSELL A. et. al. Uma breve história da conservação da biodiversidade no Brasil. 2005, p.14.
NASCIMENTO, Marcos Antônio Leite do et al. Geoturismo: um novo segmento do turismo. PUC Minas, 2007
ZORNITTA, Fernando. Turismo: a cearensidade e a sustentabilidade. 2005. Dispponível em http://www.etur.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=7575> Acesso em 02-11-2009.
Beijos e relacionem-se!
R. Sena
1 comentários:
andei lendo seu blog... boa postagem. visita o meu www.geoconservacao.blogspot.com bjos
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